A MODA REAL

E suas responsabilidades 

Por Jorge Guerreiro 

Bem, certamente a semana parece ter sido marcada por eventos conturbados, onde questões estéticas e sociais se entrelaçam de maneiras complexas. O incidente de pessoas sendo presas por serem “agredidas“, supostamente devido à sua vestimenta de pele adequada, é um reflexo de uma triste realidade em que a superficialidade e os preconceitos estéticos podem levar a consequências injustas e prejudiciais.

É impossível ignorar o profundo impacto que a moda tem na sociedade, inclusive no metaverso das mais famosas passarelas políticas. A convergência entre arte, cultura, economia e criatividade molda não apenas as tendências de moda, mas também os valores e ideias que permeiam nossa sociedade.

Além disso, a situação envolvendo um líder que se tornou uma "persona non grata" também ressalta como até mesmo figuras políticas podem ser avaliadas e criticadas com base em sua aparência e comportamento, mostrando como a estética influencia nossa percepção social e política.

As tendências não surgem no vácuo, mas muitas vezes são impulsionadas por movimentos sociais e mudanças culturais, como o movimento de aceitação do corpo ou a conscientização ambiental. É importante reconhecer que a moda não abrange apenas uma classe social específica, mas pode ser acessível e relevante para uma variedade de grupos e comunidades.

No entanto, é preciso estar atento às disparidades e desigualdades que ainda existem dentro da sociedade e da indústria, onde certos grupos podem ser marginalizados ou representados de maneira “não gentil”. Em última análise, a moda é mais do que apenas roupas bonitas; ela reflete e molda nossa sociedade de maneiras profundas e complexas, e é essencial considerar sua influência e responsabilidade em relação às questões sociais e culturais em jogo.


Colunista: @jorge_guerreiro7


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